Estudos científicos recentes comprovam a importância de se fazer exercícios físicos
Você é do tipo que sempre ‘’deixa para amanhã’’ o início da prática de algum tipo de atividade física? Ou é do estilo ‘’sanfona’’, que começa a praticar, depois para e demora a retornar? Pois saiba que você não está só perdendo tempo…está perdendo saúde também!
Os resultados de 5 pesquisas científicas recentes, comprovam mais uma vez a importância de fugir do sedentarismo e mexer com o corpo, realizando algum tipo de rotina de exercício físico.
A atividade física rotineira pode prevenir:
.Doenças hepáticas
.O envelhecimento
.Enfermidades cerebrais
.Ansiedade
.Problemas no DNA
Um estudo feito na Alemanha e publicado na revista Molecular Metabolism ((https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212877821002064?via%3Dihub)), aponta que a boa prática de atividade física pode combater a gordura no fígado e prevenir doenças que atacam este orgão.
Segundo a dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN): “o trabalho mostra quais adaptações moleculares, em particular das mitocôndrias hepáticas, podem ser observadas neste processo. As mitocôndrias são consideradas o pulmão das células. A sua tarefa é disponibilizar energia para a célula, o que ocorre por meio da respiração celular. Este é um processo metabólico no qual a energia é obtida a partir da glicose e outras substâncias orgânicas, por reações químicas, que resultam em trifosfato de adenosina, ou ATP. Esta é a molécula de energia mais importante do corpo. As mitocôndrias são, portanto, também consideradas as usinas de energia da célula. O estudo demonstrou que o estímulo das mitocôndrias isoladas do fígado, que ocorre por meio dos exercícios físicos, é especialmente benéfico para reduzir o armazenamento de gordura no órgão, o que diminui os riscos de doenças hepáticas”.
E além de preservar o fígado,o exercício físico também atua protegendo o corpo das consequências do envelhecimento sobre o metabolismo, como por exemplo o diabetes do tipo 2. É o que revela uma pesquisa feita pela Monash University de Melbourne na Austrália e veiculada na Science Advances ((https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.abl4988)).
“Os cientistas descobriram enzimas que podem evitar doenças metabólicas e elas são produzidas com o exercício físico. A descoberta abre a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos para promover a mesma atividade dessa enzima”, explica o médico geneticista Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética.
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Você sabia que a corrida também pode melhorar a saúde do cérebro! É o que mostra um estudo feito pela Universidade de Tsukuba no Japão e veiculado na Scientific Reports, publicação do periódico Nature((https://www.nature.com/articles/s41598-021-01654-z)).
A pesquisa indica que pelo menos 10 minutos de corrida moderada já contribui para aumentar o fluxo sanguíneo no córtex pré-frontal bilateral, a área cerebral que atua no comando das habilidades que controlam as ações e decisões e o humor.
O médico neurologista e neuro-oncologista Gabriel Novaes de Rezende Batistella, da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA) explica que ‘’o exercício melhora o fluxo sanguíneo e protege a memória, estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o aprendizado, o humor e o pensamento. O exercício mantém suas habilidades de raciocínio afiadas. Além de aperfeiçoar a saúde do coração, exercícios regulares de resistência, como correr, nadar ou andar de bicicleta, também podem promover o crescimento de novas células cerebrais e preservar as células cerebrais existentes”.
E acrescenta o dr. Gabriel:’ ’a forma e a eficiência únicas da corrida humana, que inclui a capacidade de sustentar esse esforço, estão intimamente ligadas ao sucesso evolutivo dos humanos. Correr pode criar novos neurônios, ajudando o organismo a envelhecer com saúde”.
E além de melhorar a atividade cerebral, o exercício físico pode ainda combater uma das maiores ameaças à saúde mental. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo na Suécia e publicado no Journal of Affective Disorder((https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165032721010739?via%3Dihub)) ,mostra que a prática de exercícios físicos, moderados ou mais intensos, pode diminuir os sintomas da ansiedade.
“Os resultados mostram que seus sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando a ansiedade era uma condição crônica, em comparação com um grupo de controle que recebeu aconselhamento sobre atividade física de acordo com as recomendações de saúde pública. Os tratamentos padrão de hoje para a ansiedade são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o tratamento farmacológico, mas o estudo mostra que a adoção de hábitos saudáveis pode melhorar o tratamento”, afirma a explica a médica nutróloga Marcella Garcez.
E o dr. Gabriel Batistella complementa:
“A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la. A liberação de endorfina por meio dos exercícios gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor”.
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E a prática de exercícios físicos pode até mesmo trazer alterações benéficas na estrutura do DNA humano. É o que aponta uma pesquisa feita na Universidade de Copenhague, na Dinamarca e também publicado na revista Molecular Metabolism((https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212877821001356?via%3Dihub)).
“Essas alterações são chamadas de ‘epigenéticas’. O DNA é o manual de instruções molecular encontrado em todas as nossas células. Algumas seções de nosso DNA são genes, que são instruções para construir proteínas, os blocos de construção do corpo, enquanto outras seções são chamadas de intensificadores que regulam quais genes são ligados ou desligados, quando e em que tecido. Os cientistas descobriram, pela primeira vez, que os exercícios religam os intensificadores em regiões de nosso DNA que são conhecidas por estarem associadas ao risco de desenvolver doenças. Ou seja, o treinamento de resistência altera a atividade de intensificadores no tecido muscular, que por sua vez regula a expressão de genes que contribuem para o efeito positivo do exercício na saúde humana”, esclarece o médico geneticista Marcelo Sady.
Depois de conhecer os benefícios apontados nestes 5 estudos, se animou a começar a praticar atividade física? Então veja o recado final da cirurgiã vascular Aline Lamaita, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular(SBACV):
“A prática de exercícios físicos aumenta o fluxo da circulação do sangue e melhora o retorno venoso com a finalidade de levar oxigênio às células dos músculos e tecidos próximos. Assim como o sangue chega nos membros inferiores, ele precisa retornar ao coração para ser bombeado novamente. Além de contribuir para a queima de gordura, o exercício ajuda a desenvolver os músculos e fortalecer o sistema imunológico”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:
Dra. Marcella Garcez Nutróloga
Dr. Marcelo Sady: Geneticista
Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella: Neurologista e Neuro-oncologista
Dra. Aline Lamaita: Cirurgiã Vascular
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