Confira o que é importante para uma boa fotoproteção
Verão no Brasil é a época em que as pessoas mais se expõem ao sol, principalmente nas praias, parques, montanhas ou até mesmo simplesmente caminhando nas ruas. E geralmente com pouca roupa, por causa das altas temperaturas que em muitas regiões passam dos 40ºC.
Mas é preciso tomar cuidados, pois o câncer de pele é o de maior incidência no país. Só nos últimos 3 anos, o número de casos de câncer de pele passou de 220 mil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Mas o câncer não é a única ameaça. A exposição exagerada à radiação solar também pode provocar:
.Rugas
.Manchas
.Flacidez
.Alterações na textura da pele
A fotoproteção é muito importante para preservar a saúde da pele. Por isso, selecionamos 5 dicas de fotoproteção. Veja a seguir.
A 1ª dica é ficar atento aos horários de exposição ao sol.
“Apesar da intensidade da radiação UVA, principal responsável pelo câncer de pele e aceleração do envelhecimento cutâneo, apresentar pouca variação ao longo do ano e do dia, a radiação UVB é mais intensa no verão, principalmente entre 10h e 16h”, informa a dermatologista Paola Pomerantzeff, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Essa radiação pode provocar:
.Queimaduras
.Vermelhidão
.Danos à epiderme
‘’Então é melhor evitar a exposição solar nesses períodos de maior intensidade”, acrescenta a dermatologista.
A 2ª dica é não esquecer do protetor solar.
“O protetor solar é um guardião da pele. Ele pode ter filtros físicos que agem como uma parede de tijolos, onde a luz bate e volta, sem absorvência ou conter filtros químicos que filtram os raios nocivos. Há uma transformação química da energia da radiação ultravioleta e a energia de baixa intensidade que atinge a pele não traz os malefícios da radiação que é potencialmente cancerígena e com isso protege a pele também da queimadura”, afirma a dermatologista Flávia Brasileiro, que também integra a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
O produto precisa ter Fator de Proteção Solar (FPS) de no mínimo 30 e deve ser aplicado na pele 30 minutos antes da exposição ao sol. E o ideal é aplicar antes mesmo da pessoa se vestir.
‘’Em relação ao corpo, a recomendação mais importante é passar o filtro solar antes de colocar a roupa. Além disso, o filtro solar deve ser aplicado puro sobre a pele para não perder a sua potência e aderência” alerta a dra. Flávia.
E a médica dá outras dicas de como aplicar o protetor solar.
“No caso do rosto, é preciso passar uma camada generosa do filtro solar capaz de cobrir toda a área. É importante também reforçar a região do osso da bochecha, ao redor dos lábios, na ponta do nariz e em suas laterais, já que que essas são áreas em que nós mais percebemos os campos de cancerização e a formação das manchas. Não esquecer também de passar o protetor solar na região do pescoço, do colo e no V da camisa, que é uma área esquecida e, por conta disso, tem a demarcação da linha do fotoenvelhecimento e o aparecimento das queratoses actínicas, que são lesões do tipo pré-câncer’’.
Já em relação à quantidade de protetor solar, a indicação é a seguinte:
.No rosto: o equivalente a uma colher de café
.Em cada braço e antebraço: uma colher de café
.No peito e abdômen: uma colher e café
.Nas costas: uma colher de café
.Nas pernas e coxas: duas colheres de café, uma para a parte da frente e outra para a parte de trás
“Mas ele precisa ser reaplicado a cada duas horas em exposição direta ou em uma situação em que o paciente transpirou, tirou o protetor ao entrar no mar ou na piscina ou ainda após uso de toalha”, aponta a dermatologista Flávia Brasileiro.
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A 3ª dica é investir em acessórios que formem uma barreira contra a radiação solar.
“Sempre que possível, mantenha-se na sombra e invista em acessórios como óculos de sol e chapéus, que devem oferecer proteção ultravioleta, assim como as roupas. E cuidado para não depender apenas do guarda-sol, pois, apesar de refletir grande parte da radiação, não é suficiente sozinho. Estudos mostram que o guarda-sol oferece, no máximo, proteção equivalente a FPS 8. E, na praia, a areia ainda reflete os raios solares”, diz a dra. Paola Pomerantzeff.
A 4ª dica é incluir na dieta alimentos ricos em carotenoides e polifenóis que ajudam a proteger a pele da ação dos raios solares.
“Esses alimentos atuam como importantes fotoprotetores orais por sua alta atividade antioxidante. Um grande exemplo é a melancia, que, por conter grandes quantidades de carotenoides como o licopeno, ajuda a proteger a pele dos danos oxidativos causados pelo sol e evitar o envelhecimento precoce do tecido”, explica a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
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A 5ª e última dica é não negligenciar a fotoproteção de uma parte do corpo mutas vezes esquecida: os cabelos!
“A radiação solar pode favorecer a degradação das proteínas que compõem os fios, tornando-os mais fracos e quebradiços. A exposição desprotegida ao sol também pode levar a queimaduras no couro cabeludo, causando um processo inflamatório que favorece a queda capilar e o surgimento de câncer de pele na região”, explica o médico Danilo S. Talarico, pós-graduado em Dermatologia Clínico-Cirúrgica e professor nos cursos de Dermatologia, Tricologia, Transplante Capilar (Cirurgia Capilar) e Medicina Estética do Instituto Lapidares.
Além de usar chapéus ou bonés, também é importante o uso do protetor solar na cabeça.
“Pessoas calvas podem aplicar o protetor solar convencional na região, que deve ter, no mínimo FPS 30. Já quem tem uma maior quantidade de cabelo pode apostar no uso de leave-ins e loções que oferecem proteção solar”, conclui o dr. Talarico.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:
Dra. Flávia Brasileiro/Dermatologista
Dra. Paola Pomerantzeff/ Dermatologista
Dra. Marcella Garcez/ Nutróloga
Dr. Danilo S.Talarico/Médico e Professor
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