Alimentação, zumbidos e até movimentos nas pernas podem afetar o sono
Uma boa noite de sono reparador é essencial para o bem-estar. É durante deste momento crucial de descanso, que o corpo passa por processos de recuperação e regeneração, que incluem a formação de novas células e tecidos.
Além disso, ocorrem ainda a consolidação das memórias e o processamento de informações, estando tudo isso diretamente ligado ao desempenho mental, incluindo funções como:
.Atenção
.Foco
.Tomada de decisões
.Resolução de problemas
Mas quando o sono é de baixa qualidade, o organismo apresenta várias reações indesejáveis, tais como:
.Cansaço
.Irritabilidade
.Ansiedade
.Ingestão de alimentos calóricos
E você sabia que a insônia pode ter relação com ouvidos, pernas e estômago?
Para saber mais, não deixe de lar essa reportagem!
Um dos grandes inimigos do sono são os zumbidos nos ouvidos.
‘’As queixas sobre o sono são mais frequentes quando o zumbido é recente, momento em que o paciente está muito incomodado com o ruído e tem maior preocupação com as suas implicações. Para piorar, muitos pacientes se queixam que o seu zumbido aumenta durante a noite. Em quase todos os casos isso é apenas uma percepção: o ruído não se intensifica, mas se destaca, pois há menos sons competindo com ele no ambiente. Quando o zumbido é um incômodo importante, ele, de fato, pode dificultar o sono, especialmente o adormecer. Além disso, o desgaste provocado pela insônia se soma à perturbação e à ansiedade causada pelo zumbido, podendo afetar significativamente a qualidade de vida do indivíduo”, diz a otoneurologista Nathália Prudencio, especialista em tontura e zumbido.
E prossegue a médica:
“Existem estimativas que apontam que pessoas com zumbido no ouvido experimentam distúrbios do sono e sonolência diurna com maior frequência, e algumas pesquisas sugerem que isso pode ser explicado pelas alterações cerebrais observadas em pacientes com o sintoma”.
Para combater este incômodo problema já existem terapias que utilizam estímulos sonoros agradáveis aos ouvidos, para reduzir a percepção dos zumbidos durante momentos de silêncio.
“Muitas pessoas fazem isso por conta própria, usando áudios da internet, por exemplo, mas o mais indicado é contar com a orientação e a supervisão de otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos especializados para realizar o tratamento’’, acrescenta a otoneurologista.
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Outro problema que pode afetar o sono é a chamada Síndrome das Pernas Inquietas (SPI). E para ajudar a entender melhor este problema, trouxemos a palavra de uma especialista no assunto, a cirurgiã vascular Aline Lamaita, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV):
“Nessa condição, o paciente não consegue parar de mexer as pernas e acaba movendo involuntariamente. Normalmente esse movimento ocorre principalmente quando a pessoa está dormindo, atrapalhando a qualidade do sono. Ela fica agitada a noite inteira mexendo as pernas e não entra em sono profundo”.
E acrescenta a médica:
“Como afeta a boa qualidade do sono, o paciente tende a ficar cansado durante o dia. É uma patologia que obedece ao ciclo circadiano: as pernas do paciente ficam bem durante o dia e pioram durante a noite”.
O problema atinge de 5 a 10% da população, sejam homens ou mulheres, mas as pessoas mais idosas são mais vulneráveis. Cerca de 30% dos casos tem origem genética e o restante acontece por causas não definidas.
De qualquer forma, algumas condições parecem ter relação com a SPI, como:
.Falta de ferro
.Alterações vasculares nas pernas
.Neuropatias
.Distúrbios musculares
.Doenças renais
.Alcoolismo
.Deficiências de vitaminas e sais minerais.
“Um primeiro passo no tratamento é determinar se condições relacionadas (como deficiência de ferro, diabetes, artrite, uso de antidepressivos) estão contribuindo para os sintomas e para os movimentos”, afirma a médica.
Entre as medidas que podem amenizar a Síndrome das Pernas Inquietas estão:
.Banho quente
.Aplicação de calor
.Bolsa de gelo
.Massagem nas pernas
.Analgésicos
.Exercícios físicos
.Cortar cafeína da dieta
“Mas quando essas medidas não são suficientes, a SPI pode ser tratada com medicamentos que aumentam a dopamina no cérebro, drogas que mexem nos canais de cálcio, opioides (que podem causar vício se usados em grandes quantidades) e benzodiazepinas (categoria que engloba alguns relaxantes musculares e remédios para dormir). Ao longo dos anos, a SPI pode surgir e desaparecer sem uma causa óbvia”, aponta a dra. Aline.
Veja ainda:
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Outra situação que pode comprometer a qualidade do sono é a alimentação. E dependendo dos horários de comer antes de dormir, podem aparecer sintomas como:
.Problemas estomacais
.Exaustão
.Dificuldade de dormir
‘’O fígado, por exemplo, é extremamente afinado para determinar quando acelerar o metabolismo com base em quando você come. Então, fica fácil entender que se você fizer isso no meio da noite, o fígado estará recebendo sinais contraditórios do cérebro, que está dizendo para descansar. Como resultado, quando o fígado começa a processar a comida da meia-noite, ele o fará com menos eficiência do que teria feito após uma refeição diurna e envia sinais conflitantes de volta ao cérebro e a outros sistemas orgânicos. Isso também prejudica o sono”, indica a endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).
E afirma ainda a médica:
“Tanto a refeição como o lanche podem causar problemas digestivos se tiverem quantidades exageradas de proteínas associadas a grandes quantidades de gorduras saturadas e carboidratos de alto índice glicêmico’’.
As consequências imediatas são sintomas digestivos que podem prejudicar o sono, como:
.Refluxo
.Azia
.Dor epigástrica
Pra escapar deste problema o ideal é fazer a última refeição pelo menos duas horas antes de dormir.
‘’Substâncias estimulantes como a cafeína e outras podem interferir no sono, pois aumentam o estado de alerta, por isso devem ser evitadas. Evitar também refeições muito pesadas pouco antes de dormir e a desidratação, que também pode levar a desconforto durante a noite, enquanto a ingestão excessiva de líquidos antes de dormir pode causar interrupções frequentes para ir ao banheiro. Alimentos que contêm substâncias que promovem relaxamento, como os alimentos ricos em triptofano, magnésio e vitaminas do complexo B, podem contribuir para uma melhor qualidade do sono’’, comenta a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Entre os alimentos indicados que podem contribuir com um sono de qualidade, podemos citar:
.Frango
.Peru
.Carne magra
.Leite
.Iogurte
.Banana
.Cereja
.Morango
.Uva
.Tomate
.Nozes
.Abacate
.Aveia
.Quinoa
.Arroz integral
.Chás de camomila, erva-doce,erva-cidreira,hortelã,valeriana
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e das médicas:
Dra. Nathália Prudencio/Otoneurologista
Dra. Aline Lamaita/ Cirurgiã Vascular
Dra. Deborah Beranger/ Endocrinologista
Dra. Marcella Garcez/ Nutróloga
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