A proteína tem uma função muito importante para o organismo, contribuindo com muitos benefícios, tais como:
.Construção de músculos, pele, cabelos e ossos
.Fortalecimento do sistema imunológico
.Produção de hormônios e enzimas
.Sensação de saciedade
No entanto, em muitos casos atualmente costuma ocorrer quase um culto ao consumo de proteína, que pode ser encontrada em suplementos e também em barrinhas, shakes, pães, biscoitos, macarrão e até refrigerantes.
Mas até que ponto isso pode ser benéfico ou prejudicial à saúde? Para saber mais, leia esta reportagem que preparamos para você.
Proteína é fundamental, mas com tantos lançamentos de produtos que prometem um consumo ‘’adicionado’’ deste nutriente, como se comportar?
“Do ponto de vista fisiológico, a proteína é essencial: participa da construção e regeneração tecidual, da síntese hormonal e imunológica, e da preservação da massa magra. No entanto, é fundamental diferenciar necessidades reais de um apelo de marketing”, esclarece a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), em 2024 o consumo de concentrados proteicos aumentou 6,2% e o de bebidas dietéticas 0,6%.
“A crítica não é contra a proteína em si, ela é indispensável para pele, cabelo, ossos, músculos, mas sim contra o uso indiscriminado, muitas vezes sem qualquer objetivo terapêutico. Nem toda pessoa precisa de 2g/kg/dia, como se propaga nas redes. Mesmo para quem busca hipertrofia, quantidades entre 1,2 e 1,6 g/kg/dia já demonstram eficácia segundo metanálises recentes”, diz a médica.
Veja também:
https://marcioatalla.com.br/atividade-fisica/proteina-e-o-segredo-da-massa-2/
Também é preciso admitir que muitas pessoas tem dificuldades em alcançar as metas de consumo de proteínas recomendadas, na faixa de 0,8 a 2,0 g/kg/dia
“Para a maioria da população, especialmente idosos, mulheres e pessoas com apetite reduzido, alcançar a meta proteica com alimentação exclusiva pode ser desafiador. Estudos recentes apontam que um número significativo de adultos e idosos consome abaixo do ideal, o que aumenta o risco de perda muscular e funcional com o envelhecimento. Isso justifica, em alguns casos, a recomendação de suplementação”, afirma a dra.Marcella.
E a mulher que entra na menopausa também precisa ficar atenta.
“Ela deve priorizar principalmente uma alimentação anti-inflamatória, antioxidante, rica em fibra para o intestino funcionar bem e estar atentar principalmente ao consumo de proteína, por conta da preservação da massa magra do seu banco de músculos’’, explica a ginecologista Patricia Magier, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e pós-graduada pela UNIRIO.
E acrescenta a ginecologista:
‘’Construímos o nosso banco de músculos quando somos mais jovens. A ideia, depois dos 40, quando é a tendência de diminuir essa massa magra, é tentar preservá-la para sustentar o metabolismo e prevenir uma doença que é muito comum nessa fase da vida, que é a sarcopenia. Hoje, com a expectativa de vida de 80 anos, é muito importante ter um banco de músculos preservado para se dar autonomia, equilíbrio, liberdade e locomoção sem precisar depender de ninguém”.
A recomendação de consumo mínimo diário de proteína para adultos é de 0,8 g/kg de peso corporal. Mas este valor pode subir para 1,2 a 2,0 g/kg/dia em casos de
.Envelhecimento
.Sarcopenia
.Doenças crônicas
.Processos de reabilitação
‘’Atingir essa quantidade com alimentos in natura exige planejamento e, muitas vezes, múltiplas refeições com fontes proteicas distribuídas ao longo do dia. Embora uma dieta variada com carne, peixe, ovos, laticínios, leguminosas e cereais integrais possa suprir as necessidades, a alta demanda proteica em alguns contextos torna os suplementos uma ferramenta válida e segura, quando bem indicados”, fala a dra.Patricia.
E a especialista comenta ainda:
“Nem toda criança precisa de suplementos, especialmente quando há aleitamento e alimentação adequada. Há excessos injustificados, como o uso de whey protein em mamadeiras, que não têm respaldo científico”.
Confira ainda:
Mas é preciso estar atento, pois o consumo exagerado de proteínas, sem indicação médica, principalmente acima de 2 g/kg/dia sem indicação, pode causar:
.Sobrecarga nos rins
.Risco cardiovascular
“Muitos desses produtos contêm açúcares, gorduras e aditivos que comprometem seu perfil nutricional. Para idosos, o consumo adequado de proteínas é ainda mais crítico. A perda de massa muscular, chamada sarcopenia, impacta diretamente a mobilidade, autonomia e qualidade de vida. Nesses casos, a suplementação com whey protein pode ser fundamental, principalmente diante de dificuldades de mastigação, deglutição ou redução do apetite”, indica a dra. Marcella Garcez.
E a nutróloga finaliza com um recado importante:
‘’Mais do que seguir modismos, o ideal é buscar orientação individualizada. A proteína é importante, mas saúde não se resume a um único nutriente. A indicação médica e o equilíbrio alimentar são a chave para bons resultados”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e das médicas:
Dra.Marcella Garcez/Nutróloga
Dra.Patricia Magier/ Ginecologista
Curtiu? Então curta essas também:
https://marcioatalla.com.br/nutricao/a-forca-e-a-juventude-da-proteina/
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/coracao-e-mente-na-menopausa/
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/diabesidade-voce-sabe-o-que-e/
O Brasil é um dos países com maior número de crianças acima do peso
Essa glândula é fundamental para o coração, cérebro e o metabolismo
Exercício aeróbico melhora a saúde cardiovascular e mental na menopausa
O fumo aumenta o risco do câncer de boca e de garganta e perda de…
A mistura entre diabetes e obesidade é um perigo para a saúde
A amamentação é uma defesa contra várias doenças para o bebê e a mãe