Nutrição

As virtudes do extravirgem

Aprenda os benefícios e a identificar um bom azeite extravirgem

O azeite extravirgem é um alimento que tem sido valorizado por suas propriedades saudáveis e sabor único há séculos. Originário das regiões mediterrâneas, este óleo de oliva de alta qualidade não é apenas um ingrediente essencial na culinária, mas também oferece uma série de benefícios para o organismo, como:

.Fonte de antioxidantes

.Equilibra os níveis de colesterol

.Fortalece o cérebro

.É anti-inflamatório

.Auxilia a  regular a glicose

.Estimula a queima de gordura

 

Mas para obter estes benefícios é importante escolher produtos de qualidade, que sejam realmente “extravirgens” e não tenham sido adulterados.

Para saber mais sobre as qualidades e como reconhecer um azeite extravirgem legítimo, leia as informações na sequência.

 

Os vários tipos de azeite

Existem vários tipos de azeite de oliva, como:

.Azeite extravirgem

.Azeite virgem

.Azeite de oliva refinado

Quem nos dá mais detalhes sobre cada um deles é a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)

‘’A diferença entre eles está relacionada principalmente ao processo de extração e ao nível de acidez. O azeite extravirgem é o azeite de oliva de mais alta qualidade, obtido por meio de prensa a frio das azeitonas, que significa não haver uso de calor ou produtos químicos no processo de extração. O extravirgem possui menor acidez (abaixo de 0,8%), mantém o sabor natural e os nutrientes das azeitonas. Conhecido por sua cor verde-escura, aroma e sabor característico, é ideal para usar em saladas, molhos e pratos que não requerem altas temperaturas de cozimento’’.

E prossegue a nutróloga:

‘’ O azeite virgem, que também é obtido por prensagem a frio, tem uma acidez ligeiramente mais alta do que o extravirgem, geralmente abaixo de 2%. Possui ainda o sabor característico, é adequado para uma variedade de usos na cozinha, incluindo refogar e cozinhar em fogo médio’’.

E diz ainda a dra.Marcella:

‘’ O azeite de oliva refinado é o tipo de azeite que passa por um processo de refino, envolvendo filtragem e tratamento químico para remover impurezas. O azeite refinado tem uma acidez mais alta do que os azeites virgens e extravirgens, geralmente abaixo de 3%. Devido ao processo de refinamento, ele tem um sabor mais suave, menos aroma e pode ser usado para cozinhar em temperaturas mais altas, como fritar e grelhar, devido à sua estabilidade’’.

 Além desses tipos principais, existem outros:

.Azeite de oliva puro ou comum: mistura de azeite refinado com uma pequena quantidade de azeite virgem ou extravirgem

.Azeite de oliva leve ou suave: mistura de azeite virgem ou extravirgem com refinado

.Azeite de oliva orgânico: sem  agrotóxicos ou produtos químicos e pode ser virgem ou extravirgem

 Leia também:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/dieta-mediterranea-emagrece-mesmo/

 

Benefícios do azeite extravirgem

 

O azeite de oliva extravirgem é geralmente considerado a forma mais saudável por suas características naturais e o processo de produção. 

‘’Os principais benefícios à saúde ocorrem porque o azeite extravirgem contém uma variedade de antioxidantes, que ajudam a combater o estresse oxidativo e a inflamação no corpo, é uma fonte de gorduras monoinsaturadas, conhecidas por serem benéficas para a saúde cardiovascular, pois pode ajudar a reduzir o colesterol LDL (colesterol ruim) no sangue’’, diz a dra. Marcella Garcez.

‘’Os compostos fenólicos presentes no azeite de oliva extravirgem têm propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a reduzir o risco de doenças crônicas. Tem sido associado a uma melhor digestão e à prevenção de problemas gastrointestinais e ainda os antioxidantes presentes no azeite de oliva extravirgem podem estar relacionados a um menor risco de doenças neurodegenerativas’’, afirma ainda a médica.

 Uma dúvida que muita gente tem é: o azeite extravirgem pode ser usado para fazer frituras?

‘’O azeite de oliva extravirgem não é boa escolha para frituras de alta temperatura, como as frituras de imersão, por seu baixo ponto de fumaça, temperatura na qual um óleo começa a se decompor e liberar fumaça, produzir compostos indesejados e prejudicar o sabor e a qualidade dos alimentos’’, acrescenta a nutróloga.

Veja ainda:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/doencas-do-coracao-evitadas-com-alimentacao-saudavel/

 

Como identificar o azeite extravirgem

Identificar se um azeite é realmente extravirgem pode ser um grande desafio, pois existem muitos produtos no mercado que afirmam ser extravirgens, mas não atendem aos padrões de qualidade.

Entre algumas das dicas para identificar um azeite extravirgem autêntico, estão:

.Conferir no rótulo a acidez do azeite: o azeite extravirgem deve ter uma acidez geralmente abaixo de 0,8%

.Verificar o tipo de embalagem: garrafas escuras de vidro ou latas, protegem melhor o azeite da exposição à luz, calor e oxigênio

.Também  no rótulo  ver as informações sobre a origem do azeite, data de colheita, data de envase e informações de contato do produtor

.Faça uma pesquisa sobre a marca e o produtor do azeite

.Procure verificar se o azeite possui certificações de qualidade

.Desconfie de preços muito baixos

.Compre em fornecedores confiáveis

 

A dra. Marcella complementa:

‘’ A cor do azeite extravirgem pode variar de amarelo-dourado a verde-esmeralda. E se possível, provar o azeite antes de comprar. Um verdadeiro azeite extravirgem deve ter um aroma fresco e frutado, com notas de ervas e até um toque picante ou amargo. E se o azeite tiver sabor rançoso, metálico ou mofado, é sinal de baixa qualidade’’.

E qual a quantidade de ingestão do azeite extravirgem por dia?

‘’O consumo diário de azeite pode variar de acordo com as necessidades e preferências individuais, não há uma dose única recomendada para todos, mas as diretrizes dietéticas sugerem que as gorduras totais, inclusive as monoinsaturadas, devem compor uma porção moderada da ingestão diária de calorias. A American Heart Association (Associação Americana do Coração) sugere, 2 a 3 colheres de sopa ao dia’’, finaliza a nutróloga.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra.Marcella Garcez/Nutróloga

 

Confira também:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/gorduras-e-oleos/

https://marcioatalla.com.br/nutricao/medicos-na-cozinha/

https://marcioatalla.com.br/nutricao/dieta-cetogenicae-uma-boa-ou-nao/

Share

Recent Posts

Intestino: porta de entrada das varizes

O mau funcionamento intestinal pode gerar as temidas varizes

2 dias ago

A emoção mexe com o prato

As emoções podem influenciar nas escolhas dos alimentos nas refeições

2 dias ago

Como melhorar seu treino!

Aprenda dicas para evitar lesões e ter mais ganhos com os exercícios

1 semana ago

Pais, filhos e desafios

Estudo mostra que 62% dos pais não sabem lidar com filhos adolescentes

2 semanas ago

Alerta para a coluna

Erros na realização de exercícios físicos podem afetar a coluna

2 semanas ago

Dieta mediterrânea no feijão com arroz

Os princípios desta dieta podem melhorar o prato dos brasileiros

2 semanas ago