Frutas, legumes e proteínas são importantes para combater as doenças renais
Os rins são órgãos com uma importância vital para o organismo humano. A principal função é filtrar o sangue, removendo resíduos gerados pelo metabolismo e que podem ser prejudiciais ao corpo, tais como:
.Uréia
.Ácido úrico
.Creatinina
E você sabia que a alimentação tem um papel importante para a boa saúde e o bom funcionamento dos rins? É o que mostram dois estudos científicos que reforçam a importância de 3 tipos de alimentos para estes órgãos:
.As frutas
.Os legumes
.As proteínas
Quer saber como a dieta adequada pode ajudar a mantes os rins saudáveis? Então continue lendo esta matéria.
A doença renal crônica é um problema que atinge grande parte da população mundial. Só nos EUA são 40 milhões de pessoas afetadas por este mal. Aqui no Brasil, chega a 10 milhões o número de pacientes que sofrem com esta doença, que reduz a capacidade dos rins em ‘’limpar’’ o sangue, podendo levar a outras enfermidades como:
.Pressão alta
.Derrames
.Infartos
É preciso ficar atento, pois quando os rins começam a não funcionar direito, podem surgir sintomas como:
.Mudanças na urina
.Anemia
.Dores nas costas
.Fadiga
.Perda de apetite
.Náuseas
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Uma pesquisa publicaca no conceituado Journal of Renal Nutrition ((https://www.jrnjournal.org/article/S1051-2276(22)00121-2/fulltext)) revelou que pessoas que sofrem com a doença renal crônica consomem menos frutas e legumes na dieta diária, como comenta a nefrologista Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira(AMIB):
“Após contabilizar fatores como tamanho da cintura, diabetes e pressão alta, os pesquisadores descobriram que aqueles com doença renal crônica eram consistentemente mais propensos a praticar um padrão alimentar que incluía menos frutas e vegetais do que pessoas sem a doença’’.
E prossegue a dra. Caroline:
‘’São necessárias mais pesquisas para descobrir se o baixo consumo de frutas e vegetais contribui ou resulta da doença renal crônica e quais outros fatores podem estar envolvidos. Mas sabemos que uma alimentação com mais frutas e vegetais está associada à diminuição de fatores de risco relacionados à doença renal. Isso acontece porque há um maior aporte de fibras e antioxidantes na dieta. Esses nutrientes ajudam o corpo contra componentes inflamatórios e o estresse oxidativo”.
A médica nutróloga Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), acrescenta:
“Frutas e vegetais contêm importantes compostos bioativos que demonstraram ter efeitos benéficos na saúde humana. Além disso, também são uma boa fonte de fibras alimentares e possuem propriedades antioxidantes, além de fornecer também macronutrientes, como proteínas, carboidratos e gorduras boas”.
Entre os principais nutrientes encontrados nas frutas e legumes, estão:
.Vitamina A
.Vitamina C
.Vitamina E
.Vitamina K
.Cálcio
.Potássio
.Magnésio
E a nefrologista Caroline Reigada diz ainda:
“Vale destacar também que pacientes com doença renal crônica são inflamados cronicamente. O consumo maior de fibras e os antioxidantes presentes em frutas e vegetais agem de forma importante para melhora da microbiota intestinal com efeito antioxidante e anti-inflamatório’’.
Veja ainda:
Até hoje a medicina sempre defendeu que os pacientes com doença renal crônica deveriam diminuir o consumo de proteínas. Mas um novo estudo científico publicado no periódico online Clinical Nutrition ((https://www.clinicalnutritionjournal.com/article/S0261-5614(22)00272-2/fulltext))
,indica que pacientes que passaram por transplante renal, precisam consumir proteínas para melhorar a massa muscular.
‘’Sabemos que os pacientes com doença renal crônica têm sarcopenia (redução de força nos músculos e perda de massa muscular) induzida devido à inflamação crônica, hipercatabolismo, diminuição da ingestão de nutrientes e diminuição da atividade física associada à função renal prejudicada. A recuperação da função renal devido ao sucesso do transplante renal é capaz de corrigir ou melhorar muitas dessas anormalidades fisiológicas e metabólicas. Como resultado, os receptores de transplante renal aumentam a massa muscular esquelética após o transplante renal’’, diz a dra. Caroline Reigada.
‘’Uma vez que a ingestão excessiva de proteínas piora a função renal, acredita-se comumente que pacientes com doença renal crônica, incluindo receptores de transplante renal, devem limitar a ingestão de proteínas para proteger seus rins. Por outro lado, tem sido sugerido que a restrição proteica severa pode piorar a sarcopenia e afetar adversamente o prognóstico’’, argumenta a nefrologista.
A nova pesquisa pode indicar, portanto, que uma nutrição com ingestão de proteínas aliada à uma terapia de exercícios, ajudaria a enfrentar a sarcopenia, recuperando a massa muscular depois do transplante renal.
“Esperamos que a orientação nutricional, incluindo a ingestão de proteínas, levará a uma melhor expectativa de vida e prognóstico. O mais importante é seguir a orientação do médico e não restringir completamente o consumo de proteínas”, finaliza a médica.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e das médicas:
Dra. Caroline Reigada/Nefrologista
Dra.Marcella Garcez/Nutróloga
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