Nutrição

7 razões para reduzir o açúcar

O consumo excessivo de açúcares pode levar à obesidade e ao diabetes

O açúcar é uma espécie de ‘’droga’’ pois pode viciar, provocando alterações bioquímicas no metabolismo, gerando dependência física e emocional.

Além disso, o abuso no consumo desta substância pode gerar várias doenças graves, tais como:

.Obesidade

.Diabetes

.Cardiopatias

.Inflamações

Quer  saber 7 motivos para você diminuir ou até mesmo abandonar o consumo de açúcar? Então siga lendo essa matéria.

 

Metabolismo, envelhecimento e gordura

O excesso de ingestão de doces pode gerar graves problemas metabólicos, como obesidade e diabetes. Comer carboidratos(um tipo de açúcar) demais também pode favorecer o surgimento do câncer.

“As células cancerígenas, assim como todas as outras células do organismo, precisam de fontes de energia para sobreviver. Enquanto algumas células retiram essa energia do oxigênio, outras, como as células neoplásicas, utilizam como fonte de energia a fermentação do açúcar. Dessa forma, o açúcar, mais especificamente a glicose, pode impulsionar o desenvolvimento do câncer, já que alimenta as células cancerígenas, que crescem e se espalham pelo organismo”,afirma a médica nutróloga  Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

E acrescenta:

“O açúcar é um vilão ainda maior se o câncer já estiver em desenvolvimento, pois, durante os períodos de rápido crescimento do tumor, as células cancerígenas digerem o açúcar até 200 vezes mais rápido do que as células normais”.

E os problemas metabólicos  gerados pelo açúcar podem atingir até mesmo os rins:

“O açúcar em excesso também acarreta maior inflamação, com consequente risco de diabetes, que é o maior fator de risco para doença renal crônica no mundo. A resistência à insulina, condição típica do diabetes tipo 2, gera vasoconstrição, o estreitamento de vasos e retenção de sódio e água pelo organismo, além de endurecimento dos vasos sanguíneos, o que pode lesar os rins”, explica  a médica nefrologista  Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira(AMIB).

É preciso ainda evitar alimentos doces  ultraprocessados que contém muito sódio e também podem gerar doenças renais, como:

.Bolachas recheadas

.Sucos de caixinha

.Recheios prontos

Um padrão alimentar muito açucarado também pode afetar a vitalidade da pele e dos cabelos, levando ao envelhecimento.

“Alimentos ricos em açúcar, por exemplo, se unem às proteínas da pele, causando o que chamamos de glicação. Quando essa ligação acontece, as moléculas de colágeno e elastina são quebradas, o que favorece o aparecimento de rugas e flacidez”, explica a dermatologista  Cintia Guedes,da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Mas além da  pele, o consumo excessivo de açúcar também pode  diminuir o crescimento dos fios e provocar queda de cabelos.

Ingerir açúcar demais  pode levar ao acúmulo de gordura e aparecimento da celulite.

“Ao ver uma mulher magra, não estamos realizando uma avaliação de composição corporal, sendo assim, ela pode ter alto percentual de gordura e consequente celulite. Não sabemos dos hábitos de vida dessa mulher magra e, além disso, do consumo de alimentos inflamatórios que ela ingere”, diz a médica Cláudia Merlo,  especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.

Outro incômodo são as estrias: “Quando o açúcar endurece o colágeno, ele perde a sua funcionalidade de mobilidade, de sustentação. A pele fica mais desidratada também. Dessa forma, surgem as rugas, a flacidez e até as estrias, uma vez que esse colágeno rompe com mais facilidade, formando essas marcas”, diz a cosmiatra Ludmila Bonelli, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle.

Confira ainda:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/acucares-secretos-nos-alimentos-cuidado-ele-aparece-com-os-mais-diferentes-nomes/

 

Fadiga e circulação

Uma questão  que também afeta quem consome muito açúcar é a fadiga.

“ Em nível celular,  o açúcar em demasia na dieta afeta a integridade das mitocôndrias, que são as células responsáveis pela produção de energia, considerada por isso o pulmão celular. Com isso, os eventos metabólicos iniciais como fadiga e cansaço podem ser indicativos do desenvolvimento do diabetes”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez.

O açúcar em demasia também provoca problemas circulatórios, gerando acúmulo de gordura nas artérias e ameaçando a saúde do coração.

“Dependendo da artéria afetada, tal quadro pode levar ainda a incidência de infarto, derrame e problemas de claudicação, que é quando você vai caminhar e tem dificuldade de andar porque falta sangue nas pernas”, diz a cirurgiã vascular Aline Lamaita,  da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/dicas/para-diminuir-a-quantidade-de-acucar-faca-as-seguintes-trocas/

 

Boca e gestantes

A saúde oral também é ameaçada pelo consumo desenfreado de açúcar.

“Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos, tornando o pH da boca ácido e, consequentemente, provocando a desmineralização do esmalte dos dentes e o aparecimento das cáries. E o pior é que o início dessa ação ocorre poucas horas após a ingestão do açúcar. Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana que, quando não removida adequadamente, também pode ocasionar gengivite e mau hálito”, alerta o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy, doutor em Odontologia pela USP.

Alimentos açucarados podem causar lesões, afetando o DNA das células responsáveis  pela reprodução humana, prejudicando a fertilidade e a saúde das gestantes.

Também podem provocar obesidade e levar ao  aparecimento do chamado  diabetes gestacional, segundo o ginecologista e obstetra  Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita. “Alguns trabalhos apontam que altos níveis de glicose em mães com diabetes gestacional desencadeiam mudanças epigenéticas no feto em desenvolvimento,modificações na atividade genética do feto em virtude de exposições ambientais, resultando em efeitos adversos para a saúde da criança ao longo do tempo”.

Especialistas , indicam um consumo de açúcares de 1 colher de sopa por dia,no máximo. E a nutróloga Marcella Garcez dá uma dica final para diminuir os danos causados pelo excesso desta substância.

‘’Existem nutrientes como fibras, gorduras boas e proteínas que se forem ingeridos juntos com carboidratos refinados, doces e açúcares, reduzem a velocidade de digestão e absorção do açúcar no sangue, diminuindo o índice glicêmico e fazendo com que não os níveis de glicose e insulina circulantes não aumentem tão rápido”.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos especialistas:

Dra. Cintia Guedes/Dermatologista

Dra. Cláudia Merlo/ Especialista em Cosmetologia

Dra. Marcella Garcez/Nutróloga

Dra. Caroline Reigada/Nefrologista

Dra. Aline Lamaita/ Cirurgiã Vascular

Dr. Fernando Prado/Ginecologista e Obstetra

Dr.Hugo Roberto Lewgoy/Cirurgião Dentista

Ludmila Bonelli/ Cosmiatra

 

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https://marcioatalla.com.br/nutricao/quando-a-crianca-pode-comecar-a-consumir-acucar/

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/acucar-na-alimentacao-carie-mais-cedo-nos-dentes/

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