Sentir dor ao caminhar pode ser sinal da doença arterial periférica
Você sente dor nas pernas ao praticar caminhada como exercício, ao ar livre ou na esteira? Ou sente estas mesmas dores simplesmente ao andar pela rua ou em casa no dia a dia?
Cuidado, o que pode parecer algo simples, na verdade às vezes esconde uma enfermidade mais grave: a doença arterial periférica (DAP)!
Para saber mais e aprender a se precaver e tratar a DAP, leia esta reportagem que preparamos para você.
Sentir dor e incômodo nas pernas muitas vezes é um sintoma ignorado pelas pessoas, principalmente pelos idosso que acham que isso pode fazer parte do processo de envelhecer.
Mas essas dores precisam ser investigadas, pois podem ser sintomas de algo mais grave.
“No caso da doença arterial periférica, ou DAP, essas dores podem ser sinais de um problema sério. A DAP é o resultado da aterosclerose, placa que se forma nas artérias e bloqueia o fluxo sanguíneo’’, aponta a cirurgiã vascular Aline Lamaita, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
E acrescenta a médica:
‘’Quando o fluxo sanguíneo para o coração é interrompido, o resultado é um ataque cardíaco. No cérebro, é um derrame. Quando o fluxo sanguíneo é restrito às pernas ou, menos frequentemente, aos braços, o resultado é a DAP. A condição é subdiagnosticada e um dos problemas que dificultam seu diagnóstico é que os pacientes às vezes mascaram a dor. Eles podem, na verdade, estar, inconscientemente, andando menos e se tornando mais sedentários como forma de compensar”.
A dor nas pernas pode ser sentida de várias maneiras.
“Essa dor também é descrita como cãibra, queimação, peso ou rigidez nos músculos das pernas que começam após exercícios ou ao subir ou descer escadas. A localização da dor está relacionada ao local onde o fluxo sanguíneo está bloqueado, geralmente na coxa, panturrilha ou nádegas’’, afirma a dra. Aline.
O sintoma clássico da dor nas pernas que aparece ao caminhar pode ser aliviado com descanso. Existem ainda outros sintomas, como:
.Feridas nas pernas ou pés (demoram a cicatrizar)
.Pele descolorida
.Unhas que crescem lentamente
Mas quem leva uma vida sedentária pode não apresentar nenhum sintoma.
“A DAP é progressiva, o que significa que um problema pode surgir silenciosamente ao longo do tempo antes que uma nova dor repentina se desenvolva. Mas mesmo os pacientes que não notam sintomas correm maior risco de coisas ruins acontecerem: ataque cardíaco, derrame, necessidade de um procedimento nas pernas ou até mesmo uma amputação. Em casos graves pode haver tão pouca circulação sanguínea que o paciente pode desenvolver úlceras ou gangrena nas pernas”, diz a cirurgiã vascular.
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Entre os fatores de risco para a DAP, estão:
.Pressão alta
.Diabetes
.Fumo
“O tabagismo em particular, por razões que não compreendemos completamente, parece ser um fator de risco mais forte para DAP do que para outros tipos de aterosclerose. Existem evidências que sugerem que a placa nas artérias das pernas difere daquela em outras artérias. Ela pode ser um pouco mais calcificada e talvez haja mais coagulação sanguínea envolvida do que necessariamente observamos na aterosclerose em outras áreas”, afirma a especialista.
Em relação à faixa etária, pessoas de maior idade tendem a ser mais atingidas. E os homens também são mais afetados pela DAP do que as mulheres.
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Caso alguém apresente sintomas que possam indicar um quadro de doença arterial periférica, é importante procurar atendimento médico para que sejam feitos os exames adequados.
‘’ O ‘teste de primeira linha’ em pacientes com suspeita de DAP é chamado de índice tornozelo-braço. Basicamente, a pressão arterial é medida nos braços e pernas do paciente, e o médico procura por discrepâncias ao comparar as leituras”, esclarece a dra. Aline Lamaita.
A partir daí, podem ser necessários outros exames, tais como:
.Ultrassom duplex
.Angiotomografia computadorizada (ATC)
.Angiografia por ressonância magnética (ARM)
.Angiografia invasiva para avaliar as artérias
‘’Caso os exames revelem uma artéria bloqueada, ela pode ser tratada por procedimentos para melhorar o fluxo sanguíneo, como a abertura do bloqueio com angioplastia, a inserção de um stent ou o desvio do bloqueio com cirurgia de revascularização. E se a DAP não for tratada, pode levar a um ciclo vicioso, em que a dor leva as pessoas a se tornarem menos ativas, o que as leva a se tornarem mais sedentárias, o que leva a mais problemas de saúde”, indica a especialista.
A prevenção e tratamento da DAP também inclui mudanças no estilo de vida, com adoção de:
.Dieta saudável
.Atividade física frequente
Também pode ser preciso o uso de alguma medicação.
‘’Medicamentos que previnem coágulos sanguíneos e reduzem o colesterol também podem ser partes importantes do tratamento, assim como o controle de condições como pressão alta e diabetes”, orienta a médica.
E a dra. Aline conclui com uma dica importante:
“A dor nas pernas ou a necessidade de passar mais tempo sentado nem sempre faz parte do envelhecimento. É sempre importante que os pacientes defendam a própria saúde e eles são especialistas em seus próprios corpos. Portanto, se notarem algo diferente em suas pernas, a busca por atendimento médico é uma excelente forma de cuidado”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Aline Lamaita/Cirurgiã Vascular
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