Instituto de Cegos em Pernambuco desenvolve projeto para prática da arte marcial
Pessoas com deficiência visual estão amplamente habilitadas à prática do jiu-jitsu. Em Pernambuco, o Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, através do instrutor Danilo Cruz, implementou um projeto do esporte adaptado aos deficientes visuais. Aprimoramento da coordenação motora, noção de espaço, ganho de força, além de melhora no condicionamento físico e respiratório e autoconfiança, são alguns dos benefícios da modalidade, além da inclusão social.
A dinâmica é a seguinte: alongar, aquecer e partir para a prática, que é dividida entre treino técnico e simulação de lutas. “O que diferencia a aula é a atenção no momento de passar as posições, pois é preciso explicar de maneira clara e tátil para que eles possam reproduzir os exercícios”, disse Danilo.
Tratar uma deficiência, independente de qual seja a natureza, como limitação, é, de forma indireta e automática, um julgamento de capacidade. Tal interpretação acaba tolhendo muitos deficientes de vivenciarem práticas extremamente positivas para o seu desenvolvimento. Uma necessidade especial pode alavancar outras potencialidades, desde que haja um trabalho de estímulos e desenvolvimento. É o caso do jiu-jitsu adaptado para portadores de deficiência visual.
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